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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O tempo destrói tudo… mas especialmente os artistas?

Por Eduardo Melo em outubro 21, 2013.

Primeiro foram os cantores brasileiros, que 40 anos atrás eram censurados, mas envelhereceram – e se tornaram eles próprios, censores. Agora é a vez de Mario Vargas Llosa mostrar que o tempo vai aprofundando seu conservadorismo. A vítima? O livro digital:

“O espírito crítico, que sempre foi algo que resultou das ideias contidas nos livros de papel, poderá se empobrecer extraordinariamente se as telas acabarem por enterrar os livros.”

“Estou convencido de que a literatura que se escreverá exclusivamente para as telas será uma literatura muito mais superficial, de puro entretenimento e conformista.”

É preciso fazer todo o possível para que o livro de papel não desapareça”, insistiu, destacando que “há uma problemática nova com a grande transformação que significa para o livro e para a cultura em geral o desenvolvimento de novas tecnologias e, sobre isso, há muita incerteza”.

Embora as agências internacionais estejam reproduzindo a fala dele esta semana, já faz um tempinho que Llosa levanta sua voz contra o livro digital – em 2010, ele já dizia basicamente a mesma coisa.

Só o tempo dirá quem tem razão.

Seja como for, o livro digital não irá empobrecer o espírito crítico – disso já se encarregam as revistas de fofocas, os programas sensacionalistas na televisão, as escolas mal-equipadas e sem professores… entre tantas outras coisas.

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