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sábado, 6 de setembro de 2014

Wi-Fi em ônibus de SP suporta 46 acessos simultâneos

(Foto: Fabio Arantes/Secom)

No início da semana, quatro ônibus de São Paulo ganharam acesso à internet por meio de conectividade Wi-Fi. Os veículos fazem parte Viação Campo Belo e já estão em funcionamento. De acordo com a SP Urbanuss, o sinal tem velocidade média de 2,4 Mb e suporta até 46 acessos simultâneos por veículo. Acima deste número, a velocidade é reduzida.

Em comunicado ao Olhar Digital, o sindicato das empresas de ônibus afirma que a operadora utilizada é a Nextel e a internet é distribuída por meio de um roteador. Os veículos beneficiados são os da linhas 809P – Terminal Campo Limpo – Pinheiros e 857P – Terminal Campo Limpo – Paraíso. O custo do roteador junto da internet não foi divulgado e, segundo a SP Urbanuss, está "embutido no valor do ônibus superarticulado, que é de R$ 800 mil".

Cada ônibus possui apenas um roteador com duas antenas. Segundo a entidade responsável, a estrutura "permite maior distribuição de internet por todo o carro e em até cinco metros fora dele". Outro dado importante é que, a princípio, downloads serão bloqueados.

O processo ainda está em fase de testes iniciais e precisa da homologação da SP Trans, fazendo parte, inclusive, da Consulta Pública sobre tecnologia embarcada, prevista para 2015.

Os quatro ônibus com Wi-Fi fazem parte de uma nova frota que entrou em funcionamento na última terça-feira,2. Nestes quatro veículos e mais outros 16, também foram instalados ar-condicionado, câmeras para monitoramento interno e sistema anti-fraudes no Bilhete Único.

Fonte: Olhar Digital

Fundação Dorina lança app de leitura para pessoas com deficiência visual em 3 idiomas

A Fundação Dorina Nowill para Cegos lança um aplicativo inédito no Brasil para os leitores com deficiência visual. O DDReader – Dorina Daisy Reader para Android é um app gratuito e com interfaces em português, inglês e espanhol. O leitor de livros digitais para tablets e smartphones em formato Daisy amplia o acesso dos portadores de deficiência visual à leitura e passa a ser o primeiro app brasileiro para aparelhos móveis que poderá atender a demanda de pessoas que precisam de livros digitais com acessibilidade.

O app DDReader para Android permite ler com os dedos e os ouvidos, facilitando ainda mais o  acesso à leitura para as pessoas com deficiência visual. Com este app, que está disponível no Google Play desde o dia 15 de agosto, além do transporte dos livros, mantêm-se as vantagens do livro digital Daisy, que possibilita a leitura dos conteúdos da mesma forma que um livro impresso: com inserção de marcações, anotações ou observações, consideradas intervenções facilitadoras para o público que busca conteúdos específicos, como consultas a dicionários, por exemplo.

“Este aplicativo é um passo muito importante para o público com deficiência, pois aumenta significativamente o acesso às bibliotecas virtuais, com acervo formado por títulos em vários idiomas e que, em breve, serão conectadas ao aplicativo, dando mais liberdade, facilidade e acesso à leitura”, explica Pedro Milliet, desenvolvedor do APP na Fundação Dorina. “Com a evolução do aplicativo, prevê-se a integração com displays braille, além da implementação da capacidade da leitura de arquivos em formato EPUB3”.

Serão disponibilizados cerca de dois mil títulos em português e não é necessário estar conectado à internet para ler os livros que forem adicionados à biblioteca pessoal do usuário. Quem utilizar o app do DDReader e for cadastrado na biblioteca online acessível BookShared – www.bookshare.org terá acesso a um acervo ainda maior, com mais de 9 mil títulos em outros idiomas. Vale lembrar que o Brasil tem 18 milhões de tablets em funcionamento, segundo a FGV – Fundação Getúlio Vargas, e o público com deficiência visual também está incluído digitalmente.

Instituições de outros países como o INCI – Instituto Nacional Para Ciegos, da Colômbia, e a Benetech/Bookshare.org, dos Estados Unidos, também deverão adotar o uso do app gratuito e em código aberto. A novidade ainda permite o acesso a bibliotecas virtuais via smartphones e tablets, devido à mobilidade em nuvem, desde que o usuário seja cadastrado em bibliotecas online que tenham acervo de livros em Daisy.

O aplicativo é um desenvolvimento da Fundação Dorina em parceria com a Results, empresa de softwares acessíveis.

Mais informações: www.fundacaodorina.org.br

Para incentivar leitura, ação 'espalha' livros por locais inusitados de Manaus



"Leve este livro para você". Esta é a mensagem deixada dentro de obras espalhadas por diversos pontos da capital amazonense a partir do sábado (30/08). Realizado por 15 jovens da Comunidade Global Shapers Manaus, o projeto consiste em deixar livros em locais diferentes, como em bancos de praça, restaurantes e ônibus, por exemplo, com um objetivo simples, mas de grande impacto: incentivar o hábito da leitura diária nos manauenses.

O projeto foi posto em prática pela primeira vez na tarde deste sábado (30), em um shopping da Zona Centro-Sul da cidade. Ao mesmo tempo em que passeava pelo centro de compras, o grupo deixou livros espalhados por diferentes locais. Quem visitar o banheiro, lojas ou decidir descansar em um banco, por exemplo, poderá 'ganhar' um livro. Ao todo, 30 obras da literatura nacional e estrangeira foram colocadas a disposição, de forma gratuita, para quem os quisesse ler.

O curador do Global Shapers Manaus, iniciativa do Fórum Econômico Mundial, Glauber Gomes, de 27 anos, explica o propósito da ação. "Nós queremos transformar a cidade, tornando os manauenses um pouco mais fãs de livros. Tudo começa pelo compartilhamento. Uma pessoa deixa um livro em qualquer lugar com um 'marca páginas' explicando o projeto, como se fosse uma dedicatória. A ideia é que essa pessoa também use o marca páginas para doar outro livro seu, se tornando um grande movimento", contou.

O marca página deixado dentro das obras convida o leitor a prosseguir com a corrente. "Este livro foi muito importante para alguém, que decidiu compartilhar com você, deixando-o aqui. Leve-o para casa, leia e assim que acabar, compartilhe-o também!", diz trecho da dedicatória. No verso, cada 'dono' do livro anota seu nome e a data em que deixou a obra em um lugar público.

Os idealizadores pensam agora em "viralizar" a brincadeira. "O bacana é encontrar lugares divertidos de compartilhar, como dentro de um táxi. Vai da criatividade de cada um", acrescentou Glauber. Para espalhar a ideia, o grupo sugere que os "presenteados" tirem fotos das obras deixadas em um local e as publiquem nas redes sociais com a hashtag "#leveestelivro". Quem quiser fazer parte do projeto poderá imprimir o marca páginas oficial da iniciativa disponível no Facebook do grupo.

Fonte: G1

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Nova universidade nos EUA inaugura biblioteca sem livros em papel

Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida, em foto sem data; a nova biblioteca foi inaugurada sem livros em papel (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)

A Universidade Politécnica da Flórida, nos Estados Unidos, foi inaugurada na semana passada na cidade de Lakeland prometendo abordagens inovadoras no ensino e na pesquisa em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Uma dessas inovações é a biblioteca, que foi aberta neste mês com um acervo de 135 mil livros, mas nenhum deles impressos no papel. Todos estão em formato digital. A primeira aula da história da universidade aconteceu nesta segunda-feira (25).

"É uma decisão corajosa avançar sem livros", disse à agência de notícias Reuters Kathryn Miller, a diretoria de bibliotecas da nova instituição. A ideia por trás dessa decisão é refletir a priorização pela alta tecnologia que permeia toda a missão da "Florida Poly", como a universidade é chamada nos Estados Unidos.

Os 135 mil e-books podem ser acessados pelos estudantes pelo tablet ou notebook pessoais. O local, assim como o resto do campus, é equipado com internet sem fio. Além dos títulos já disponíveis, a instituição tem um orçamento de US$ 60 mil (cerca de R$ 140 mil) para comprar livros digitais por meio de softwares, para que os alunos possam lê-los uma vez gratuitamente. Com o segundo clique, a universidade compra o e-book. "Em vez de o bibliotecário colocar livros que eu acharia relevantes na estante, os estudantes é que estão escolhendo", disse Kathryn.

Nova função para bibliotecários

Já que não têm mais a função de carregar e guardar os livros físicos, os bibliotecários contratados pela universidade têm como principal tarefa orientar os leitores a aprender a gerenciar os materiais digitais.

A nova biblioteca, porém, não é 100% sem papel, segundo a Reuters. Alunos podem levar livros para estudar no local e emprestar livros em papel das outras 11 universidades estaduais da Flórida.

A Politécnica é a 12ª universidade mantida pelo governo do estado da Flórida e o prédio principal do campus foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.

A construção levou 28 meses e, além da biblioteca digital, há um supercomputador e laboratórios de pesquisa para estudantes e professores.

Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórica)
Prédio principal da Universidade Politécnica da Flórida foi desenhado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava (Foto: Reuters/Divulgação/Universidade Politécnica da Flórida)

sábado, 9 de agosto de 2014

Brasileiro tenta catalogar coleção que já tem milhões de vinis

O colecionador brasileiro de vinis Zero Freitas acumula milhões de discos e, após adquirir acervos em todo o mundo, contratou uma equipe para organizar o material. Nesta sexta-feira, ele foi destaque de uma reportagem no site da "New York Times Magazine", revista do jornal norte-americano.

Zero Freitas é identificado pelo jornal como um "magnata dos ônibus" de 62 anos, que guarda os discos em um galpão em São Paulo. Segundo a publicação, ele ficou rico com uma empresa de transporte privado em São Paulo.

Ele chamou atenção ao comprar acervos de lojas e outros colecionadores de todo o mundo. A reportagem do "New York Times" cita a coleção de três milhões de álbuns que o norte-americano Paul Mawhinney tentava vender há anos. O material foi comprado pelo brasileiro, assim como o da loja Colony Records e do colecionador Murray Gershenz, também dos EUA.

O empresário Zero Freitas evita chamar atenção para suas aquisições, segundo o jornal. Ao comprar todos os discos da antiga loja Modern Sound, no Rio, ele se identificou como um colecionador japonês, para que sua identidade não fosse divulgada.

Ele não sabe ao certo quantos milhões de discos já possui. O brasileiro contratou uma equipe de 12 estagiários que trabalham para organizar o acervo. A previsão é de que, com o número atual de discos, o trabalho só termine daqui a 20 anos, segundo o jornal. 

O colecionador diz que começou a guardar discos quando criança. Seu primeiro álbum foi um registro para crianças gravado por Roberto Carlos, em 1964. "Eu frequentei terapia por 40 anos para tentar explicar isso a mim mesmo", diz sobre a compulsão por comprar vinis.

Agentes contratados por ele nos EUA, México, Egito, África do Sul, Nigéria e outros países negociam compras de discos, que continuam a aumentar a coleção de Zero Freitas.

Ele planeja abrir ao público o galpão em São Paulo, em um espaço onde ouvintes possam consultar o acervo e levar cópias das gravações para casa. Zero Freitas negocia a digitalização de milhares de discos antigos brasileiros, diz o "New York Times".

Fonte: G1 SP