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sábado, 9 de agosto de 2014

Brasileiro tenta catalogar coleção que já tem milhões de vinis

O colecionador brasileiro de vinis Zero Freitas acumula milhões de discos e, após adquirir acervos em todo o mundo, contratou uma equipe para organizar o material. Nesta sexta-feira, ele foi destaque de uma reportagem no site da "New York Times Magazine", revista do jornal norte-americano.

Zero Freitas é identificado pelo jornal como um "magnata dos ônibus" de 62 anos, que guarda os discos em um galpão em São Paulo. Segundo a publicação, ele ficou rico com uma empresa de transporte privado em São Paulo.

Ele chamou atenção ao comprar acervos de lojas e outros colecionadores de todo o mundo. A reportagem do "New York Times" cita a coleção de três milhões de álbuns que o norte-americano Paul Mawhinney tentava vender há anos. O material foi comprado pelo brasileiro, assim como o da loja Colony Records e do colecionador Murray Gershenz, também dos EUA.

O empresário Zero Freitas evita chamar atenção para suas aquisições, segundo o jornal. Ao comprar todos os discos da antiga loja Modern Sound, no Rio, ele se identificou como um colecionador japonês, para que sua identidade não fosse divulgada.

Ele não sabe ao certo quantos milhões de discos já possui. O brasileiro contratou uma equipe de 12 estagiários que trabalham para organizar o acervo. A previsão é de que, com o número atual de discos, o trabalho só termine daqui a 20 anos, segundo o jornal. 

O colecionador diz que começou a guardar discos quando criança. Seu primeiro álbum foi um registro para crianças gravado por Roberto Carlos, em 1964. "Eu frequentei terapia por 40 anos para tentar explicar isso a mim mesmo", diz sobre a compulsão por comprar vinis.

Agentes contratados por ele nos EUA, México, Egito, África do Sul, Nigéria e outros países negociam compras de discos, que continuam a aumentar a coleção de Zero Freitas.

Ele planeja abrir ao público o galpão em São Paulo, em um espaço onde ouvintes possam consultar o acervo e levar cópias das gravações para casa. Zero Freitas negocia a digitalização de milhares de discos antigos brasileiros, diz o "New York Times".

Fonte: G1 SP

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