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sexta-feira, 16 de março de 2012

Diretrizes da Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA)

A Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), que dentre os organismos internacionais dedicados à nossa área é o mais importante. Fundada em Edimbrugo, na Escócia, em 1927, possui como membros associações, bibliotecas, instituições de pesquisa e ensino em mais de 150 países e parceria com instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a International Organization for Standardization (ISSO).
A IFLA está dividida por seções e grupos de interesse, de acordo com temática em foco, e muitas delas possuem blogs e fórum para discussão. As novidades da IFLA também podem ser acompanhadas pelas redes sociais, como facebook, linkedin e twitter e outras. Publica trimestralmente periódico IFLA JOURNAL, que permite acesso on line.

Publicações importantes

Em 2002 a IFLA publicou documento Manifesto da IFLA sobre a Internet, onde especifica que as bibliotecas devem ter uma política definida sobre a utilização da Internet e acentua o papel dos bibliotecários em promover e facilitar o acesso responsável à informação em rede de qualidade aos usuários. “É a base da democracia e está na essência do servi­ço bibliotecário”, informa o documento.
Visando complementar o referido documento, em 2007, foi publicada a declaração Internet and Children’s Library Services, tendo por base a Convenção dos Direitos da Criança, no princípio que as crianças devem ter liberdade de procurar, receber e transmitir informações e ideias de toda índole, especialmente aquelas que visam à promoção da sua saúde social, espiritual e moral do bem-estar físico e mental.
Para tanto, a declaração estabelece que as bibliotecas não devem usar a filtragem de Internet e sim ter uma política clara sobre o uso da web por crianças e jovens e esta deve ser comunicada aos pais e responsáveis. Isto não significa liberdade irrestrita, pois a biblioteca deve orientar e preparar seus usuários sobre o uso responsável da internet, trabalhando a educação para a mídia e atuar como mediador da informação, notadamente para as crianças. E ainda, conduzir-las para a navegação em torno da literatura.
Elaborado por Ivan Chew e publicado pela IFLA, em dezembro de 2008, o documento Web 2.0 and Library Services for Young Adults: an Introduction for librarians é dirigido para bibliotecários e tem o objetivo de fazê-los entender e decidir a melhor abordagem na utilização das mídias sociais como parte de seus serviços para jovens. O documento aborda sobre blogs, twitters, comunicação online, propriedade intelectual, redes sociais, edição de documentos, fotos e vídeos, podcasts, RSS, social bookmarking, wikis, mundos e personagens virtuais e, como incentivo, cita exemplos de bibliotecas que já usam esses serviços.
A Seção Information Literacy publicou, em 2006, o trabalho de Jesus Lau, titulado Guidelines on Information Literacy for Lifelong Learning, que fornece um quadro pragmático para bibliotecários interessados ​​em iniciar um programa de literacia da informação dos usuários. Em 2007, de autoria de Forest Woody Horton, Jr e em parceria com a UNESCO, publicou Understanding Information Literacy: A Primer, projetado para formuladores de políticas públicas, executivos, administradores e sociedade civil, com explicações básicas sobre a literacia informacional.
O IFLA/UNESCO Manifesto for Digital Libraries foi publicado no ano passado e visa incentivar programas para serviços digitais em bibliotecas, como novos canais para acesso ao universo de conhecimento e informação, conectando culturas sem fronteiras geográficas e sociais.
Considera-se que os documentos publicados pela IFLA são de vanguarda e adequados para impulsionar os bibliotecários para o uso da internet e das ferramentas sociais da web 2.0 na promoção de novos serviços a seus usuários.

Por Cassia Furtado. Fonte: http://biblioo.com.br/bibliotecas-vs-tics/

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